Por que a clareza e o detalhamento são cruciais ao redigir pedido de patente?

Superado o desafio da criação de uma invenção, é preciso buscar a proteção e garantir direitos exclusivos de uso e exploração sobre ela. Então, veja como redigir um pedido de patente adequado para obter o deferimento no INPI

Não importa se a motivação inicial veio de um talento nato para criar ou da necessidade urgente de resolver um problema específico — o fato é que tirar uma invenção do papel já é, por si só, um grande feito. Mas, por mais que o inventor domine a arte de transformar ideias em realidade, isso não significa, necessariamente, que ele vai se sair tão bem em todas as outras etapas do processo, especialmente quando o assunto é proteger sua criação. Um bom exemplo disso é a redação do pedido de patente: será que o mesmo olhar afiado e a clareza que permitiram enxergar a solução também vão estar presentes na hora de lidar com todas as exigências técnicas e formais desse documento? Essa é uma dúvida que costuma aparecer, e com razão. Por mais que essa pergunta possa parecer irrelevante diante da grandiosidade de uma inovadora criação, a resposta terá um impacto decisivo no futuro desse inventor, tanto no Brasil quanto no exterior. Afinal, para garantir a titularidade de um invento no mercado nacional, a concessão da patente se dá junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o INPI. No entanto, se a visão do inventor transcende fronteiras, a proteção em outros países também dependerá de processos criteriosos. Em todos esses cenários, para alcançar o objetivo da proteção efetiva, é imprescindível saber redigir um pedido de patente robusto e tecnicamente preciso.

Se o tema da proteção de invenções trouxe você até este artigo, certamente já está buscando informações sobre o assunto. E faz muito bem em querer entender os processos para obter uma patente, porque, além de eles serem bem complexos, são muito rigorosos.

Esse rigor passa, essencialmente, por uma explicação detalhada da invenção que demonstre claramente sua novidade e inventividade. Ao redigir um pedido de patente, procuramos não só saber apresentar minuciosamente os aspectos técnicos, mas também contextualizar a invenção, evidenciar o problema que ela soluciona e refletir as expectativas de proteção do inventor, tudo isso por meio de uma escrita clara e objetiva. Então, que tal mergulhar a fundo neste tema e se preparar para buscar a proteção da sua patente, seja no Brasil ou em outros mercados estratégicos??

O que deve conter em um pedido de patente?

Se você tem uma invenção, o passo primordial é garantir seus direitos de uso e exploração sobre ela. A patente é o instrumento de proteção a ser buscado, tanto no Brasil, através do INPI, quanto no exterior, em países de interesse. Para que essa busca pela patente seja bem-sucedida em qualquer dessas esferas, a maneira como seu pedido é elaborado e redigido desde o início é absolutamente crucial. Feito isso, você tem de entender o que será avaliado pelos examinadores do INPI. Todo pedido de patente deve ter: 

  • Relatório descritivo;
  • Reivindicações;
  • Desenho;
  • Resumo; e
  • Comprovante de pagamento do depósito.

Assim, o próximo passo fundamental é traduzir sua criação em um pedido de patente tecnicamente robusto e claro, capaz de demonstrar seu valor aos órgãos examinadores.

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Por que a clareza e o detalhamento são cruciais ao redigir seu pedido de patente?

Tão fundamental quanto a originalidade e a aplicabilidade industrial da sua invenção, é a maneira como ela será apresentada para avaliação, seja no INPI ou em outros escritórios de patente ao redor do mundo.

Qualquer pedido submetido a um órgão examinador, como o INPI, seja para registro de marca ou concessão de patente, passa por uma análise criteriosa. Apenas quem segue rigorosamente todas as normas técnicas e apresenta um dossiê completo e bem fundamentado atinge o objetivo.

Diante dessa complexidade, a busca por um suporte profissional especializado em propriedade intelectual e nos trâmites processuais, tanto no INPI quanto em vias internacionais, torna-se uma decisão estratégica. Afinal, qualquer falha na elaboração do pedido pode comprometer seriamente a concessão da sua patente.

Fica evidente, portanto, a importância de redigir um pedido de patente com uma clareza impecável e uma riqueza de detalhes que não deixe margem para dúvidas. Os examinadores, seja no INPI ou em qualquer outro órgão internacional de patentes, precisam compreender integralmente sua invenção, desde seu caráter inédito até os pormenores do seu funcionamento técnico.

Assim, a redação deve elucidar o segmento de aplicação da invenção e, idealmente, posicioná-la frente ao cenário tecnológico existente, ressaltando seu diferencial inovador. Contudo, a descrição da invenção em si é, sem dúvida, o coração de um pedido de patente bem-sucedido.

Neste momento, nenhum detalhe é supérfluo. A apresentação deve ser minuciosa, contendo informações sobre o que exatamente foi inventado, como funciona, quais os materiais usados, especificações técnicas e, se aplicável, os processos para a fabricação, entre outras.

Percebe como a análise dos órgãos competentes é detalhada? Uma redação cuidadosa e estratégica do pedido de patente é frequentemente o fator decisivo. A qualidade dessa apresentação pode determinar o futuro da sua proteção, culminando na concessão da patente ou na frustração de um indeferimento por falhas na elaboração do documento.

Veja os erros mais comuns ao redigir um pedido de patente

Bem, a esta altura, você certamente já compreendeu a importância de uma redação impecável para o seu pedido de patente, não é mesmo? Então, agora é o momento de conhecer os erros mais comuns cometidos por requerentes, falhas que frequentemente resultam no indeferimento de pedidos, tanto no INPI quanto em outros escritórios.

Entre os principais equívocos, destacamos:

  • Descrição genérica da invenção
    O inventor sabe exatamente o que inventou, como inventou e como funciona sua invenção. Mas pode não ter a expertise para descrever isso dentro das exigências técnicas e formais de um órgão como o INPI. E não há atalhos: se faltar clareza e detalhamento, o pedido provavelmente será indeferido.

  • Reivindicações mal redigidas
    As reivindicações definem o escopo da proteção que o inventor busca para sua criação. Quando são mal elaboradas, vagas ou sem os detalhes técnicos necessários, a proteção obtida, se houver, pode ser restrita e ineficaz. No pior dos cenários, se não convencerem o examinador (seja do INPI ou de outro escritório) sobre o caráter inovador e os contornos exatos da invenção, a patente é negada.


  • Ausência de embasamento técnico consistente
    A descrição da invenção deve ser profundamente técnica e será analisada por um especialista na área correspondente (no INPI ou onde o pedido for depositado). Portanto, se o pedido não apresentar um embasamento sólido – como falta de desenhos claros e suficientes, ausência de exemplos de concretização ou testes que demonstrem a aplicabilidade industrial – ele pode ser questionado e indeferido.

  • Uso inadequado de termos técnicos ou jurídicos
    Esta situação se assemelha à anterior. É crucial ter um profundo conhecimento da matéria sobre a qual se está discorrendo, tanto no contexto técnico da invenção quanto no âmbito jurídico da propriedade industrial, para evitar ambiguidades, termos vagos ou interpretações equivocadas por parte dos examinadores.

  • Falta de coerência na descrição
    Isso pode ocorrer quando, na tentativa de ressaltar o ineditismo da criação, o autor do pedido utiliza argumentos ou descreve elementos que são irrelevantes para a solução técnica proposta ou que não contribuem para justificar o mérito inventivo.

Como redigir um pedido de patente convincente?

Pelo que demonstramos até aqui, você já percebeu que a elaboração de um pedido de patente é uma etapa tão crítica quanto a própria invenção.

Não há como proteger seu valioso ativo intelectual sem obter a patente, seja no INPI para o mercado brasileiro, ou em outros países para uma atuação global. E a chave para essa concessão é um pedido elaborado dentro dos mais altos padrões, com uma redação que detalhe impecavelmente sua invenção. Portanto, para elaborar um pedido de patente realmente convincente e robusto, capaz de transitar com sucesso pelos exigentes processos de exame, é altamente recomendável contar com a expertise de quem tem vasta experiência nessas demandas, tanto no INPI quanto em contextos internacionais.

A VILAGE Marcas e Patentes, por exemplo, acumula expertise há décadas no cuidado de diferentes propriedades intelectuais, inclusive patentes.

Com nossa consultoria especializada, a complexa tarefa de redigir um pedido de patente deixa de ser uma fonte de preocupação. Na verdade, você pode focar no que faz de melhor – inovar – enquanto nossa equipe cuida de todo o processo, oferecendo um suporte completo que inclui a análise estratégica para depósitos, a avaliação de possíveis trâmites prioritários (como no INPI) e a elaboração de toda a documentação técnica.

Nossos profissionais são especialistas nesse tipo de demanda e irão elaborar uma documentação técnica e juridicamente impecável, preparada para atender às exigências dos escritórios de patente, como o INPI, dentro dos prazos, enquanto monitoramos cada etapa do processo para você.

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Fonte: Imagem gerada por IA (Gemini) dia, 05 Junho, 16:35