Metaverso: devo registrar minha marca para uso no ambiente virtual?

O metaverso já atrai empresas de todos os segmentos e tamanhos. O investimento, porém, precisa ser acompanhado da proteção à marca. Entenda exatamente o que é essa novidade e por que o registro do seu ativo é tão importante também no mundo virtual.

Metaverso

Um dos assuntos mais comentados em 2021 – principalmente em ambientes corporativos direta ou indiretamente ligados à tecnologia -, o metaverso já é visto como a galinha dos ovos de ouro no mundo empresarial. Mas, ao mesmo tempo em que a expectativa aumenta, novas dúvidas surgem e uma delas é extremamente relevante: devo registrar minha marca para uso no ambiente virtual?

A resposta, obviamente, é sim. Toda propriedade intelectual deve ser formalizada para garantir direitos e proteção em qualquer cenário, seja ele físico ou remoto. A questão é que o metaverso é algo relativamente novo, que está engatinhando e ainda necessita de um melhor entendimento.

Neste sentido, vale a explicação sobre o que é e como funciona essa novidade para que seja mais fácil assimilar os impactos na gestão do seu maior ativo – a marca, patente ou direito autoral.

O que é metaverso?

Metaverso é um mundo virtual 3D totalmente imersivo e interativo, que visa conectar pessoas. É a vida real replicada em um ambiente online. Os usuários tem uma experiência muito mais próxima da orgânica com a união das realidades aumentada e virtual, da inteligência artificial e, claro, da internet.

Desta maneira, você pode circular por espaços virtuais interagindo social e comercialmente com pessoas e empresas por meio de um avatar (um personagem que vai te representar, como se fosse um jogo).

Você pode entrar nesse mundo por meio de um dispositivo conectado à internet (o computador, por exemplo) e se guiar utilizando óculos de realidade virtual e outros acessórios que vão dar mais realismo à experiência, como luvas e roupas que ampliam a capacidade sensorial.

Bem, se você tem alguma intimidade com as plataformas e jogos online, certamente já tem uma ideia do que é o metaverso. Afinal, os famosos Minecraft, Fortnite e Roblox, por exemplo, já têm seus próprios ambientes de convivência virtual, nos quais é possível interagir em tempo real com pessoas do mundo todo por meio do seu avatar.

O Fortnite, grande sucesso entre os jovens, tem mais de 350 milhões de usuários no mundo, com batalhas que envolvem ao mesmo tempo até 100 pessoas, que se comunicam umas com as outras ao vivo.

O que as empresas têm a ver com o metaverso?

O metaverso está em formação ainda. Mas já é apontado como a nova internet mundial e terá muito mais do que jogos online. Por meio do seu avatar, o usuário pode fazer tudo que faz na vida real: trabalhar, ganhar dinheiro, sair para jantar, ver um show, fazer compras, estudar…

É aí que qualquer marca tem a chance de lucrar neste novo mundo virtual criando seu próprio metaverso e se interligando com todos os outros. Se a realidade virtual já permite a interação de avatares em jogos online, o metaverso é encarado por especialistas como um mundo com capacidade muito superior de experiências, inclusive a de criar uma economia global.

Diversas grandes marcas mundiais estão investindo no metaverso. Em setembro de 2021, o Facebook chamou a atenção do planeta ao mudar de nome: Meta Platforms. Antes disso, a Epic Games, dona do Fortnite, já tinha feito um grande aporte para desenvolver a ideia.

Outras empresas globais, como a Nike, Adidas, Mc Donald’s e L’Oreal, também já se movimentam para atuar com solidez neste novo mundo virtual. E não deve parar por aí. De acordo com um estudo da consultoria Emergen Reseach, do Canadá, o mercado do metaverso vai crescer 43% anualmente até 2028, alcançando um investimento de US$ 828 bilhões.

Metaverso: devo registrar minha marca para uso no ambiente virtual?

O metaverso é bastante complexo, mas tem coisas que não mudam. Com o crescimento do interesse de pessoas e empresas de todos os tamanhos em investir neste novo ambiente virtual, é preciso ter atenção à proteção de seus ativos.

Pare para pensar: se na vida real, em ambiente físico, a preocupação com a propriedade intelectual já deve ser constante, imagine neste cenário online, onde a exposição é muito maior.

Atualmente, não há uma legislação específica para o metaverso em relação aos direitos de exclusividade de uso de uma marca, patente ou direito autoral. Desta maneira, é fundamental se proteger da forma tradicional, com registro junto aos órgãos competentes no Brasil (Instituto Nacional da Propriedade Industrial, no caso de marcas e patentes, e Biblioteca Nacional, para direitos autorais).

Então, você pode se perguntar: mas esse registro garante proteção no mundo virtual? Sim, você estará protegido. Mas é importante frisar que há classificações e especificações de produtos, serviços e comércio que precisam prever a exploração online.

Facebook acusado de uso indevido de logotipo

Você já sabe que o registro de marca para uso em ambiente virtual é necessário. E o que reforça essa tese é a previsão de especialistas de que haverá muitas discussões sobre a propriedade intelectual no metaverso.

Usos indevidos de marca ou direitos autorais já ocorreram e foram alvos de disputas judiciais entre empresas de games – em 2017, a Riot Games, criadora do “League of Legends”, ingressou com uma ação judicial contra a Shanghai Moonton Technology, uma produtora chinesa, sob a alegação de cópia de mapas, personagens e artes em três jogos.

Recentemente, poucos dias depois de o Facebook apresentar ao mundo seu novo nome (Meta), já surgiu a primeira divergência sobre o uso de marca no ambiente virtual relacionado ao metaverso. A agência MileniumGroup, com atuação em diversos países, divulgou que iria processar a empresa de Mark Zuckerberg por uso indevido do novo logotipo, que simboliza a letra M.

Especializada em relações públicas e marketing digital, a MileniumGroup já usava o símbolo praticamente igual desde 2020, ou seja, um ano antes do anúncio da Meta.

A importância da consultoria especializada em registro de marcas

Por se tratar de algo relativamente novo, o metaverso ainda é desconhecido da maioria das pessoas. O mesmo vale para os efeitos legais do mundo real neste universo virtual. Daí a importância de contar com uma equipe altamente especializada para fazer o registro de marcas, patentes e direitos autorais.

Além de conhecer todos os caminhos para solicitar o registro de maneira mais certeira, evitando os degastes emocional e financeiro com erros comuns no pedido, a VILAGE Marcas e Patentes conta com profissionais totalmente atualizados com as novas tecnologias e seus impactos na proteção da propriedade intelectual.

Então, se você tem planos de investir no metaverso, levando sua marca para o mundo todo, lembre-se de garantir não apenas o referido registro de seu maior ativo, mas também uma eventual adequação dele para uso em ambiente virtual.

A VILAGE oferece essa assessoria completa, desde a preparação para o pedido até o monitoramento da marca concedida para buscar seus direitos em caso de violação. São mais de 35 anos de experiência neste segmento, com milhares de clientes satisfeitos no Brasil, Estados Unidos, China e Alemanha. Para saber mais detalhes de como podemos ajudar, entre em contato conosco pelo telefone 0800 703 9009 ou clique aqui para deixar sua mensagem. 

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